A dor é uma experiência sensorial e/ou emocional desagradável associada com dano físico e/ou psíquico. A dor apresenta componentes sensorial, emocional e cognitivo (relacionado às experiências prévias) e normalmente se expressa por alterações de comportamento. Os animais sentem dor pelos mesmos mecanismos dos seres humanos, daí a nossa obrigação moral e ética em aliviar a dor.

Para se tratar a dor, necessita-se reconhecê-la. Os animais não se expressam verbalmente como os seres humanos, desta forma o comportamento é o modo principal e mais fácil para identificar a dor nos animais. Pode-se também incorporar indicadores fisiológicos, como a frequência cardíaca e a pressão arterial, para avaliar a dor. Cada espécie tem o seu comportamento particular, portanto as escalas de dor devem ser exclusivas para cada espécie.

Após o reconhecimento, deve-se quantificar a dor para determinar a necessidade e o tipo de tratamento analgésico. No passado utilizou-se escalas unidimensionais adaptadas do homem, como as escalas descritiva simples, numérica e analógica visual. Entretanto, elas são subjetivas, dependem da experiência do observador e são pouco reproduzíveis.

As escalas validadas exclusivas para cada espécie, com base no comportamento, são as mais adequadas para avaliar e quantificar a dor nos animais, pois garantem maior precisão de validade e confiabilidade.