Animal Pain

O rato é o segundo animal mais usado em experimentação científica. Sua dor pode ser avaliada por meio da escala de expressão facial, a Rat Grimace Scale.

Escala Facial para avaliar a dor em ratos (RGS)

A Escala Facial para avaliar a dor em ratos apresenta 4 características:

1) Abertura do olho

2) Achatamento do focinho e das bochechas

3) Alterações nas orelhas

4) Alterações nas vibrissas

Pontua-se cada característica entre 0 (estado normal) e 2 (maior escore possível).

A. AVALIAÇÃO DAS INTENSIDADES DE CADA UNIDADE DE AÇÃO FACIAL

Escore

Ausente

0

Moderadamente visível

1

Evidente

2

Para cada unidade de ação facial escolha apenas o maior escore representativo da expressão facial.

B. UNIDADES DE AÇÃO FACIAL

1. Abertura do Olho*

Ratos com dor apresentam estreitamento da área orbital (região dos olhos), pálpebras bem fechadas ou aperto dos olhos. O aperto dos olhos é definido pela contração dos músculos orbitais ao redor dos olhos. A membrana nictitante (ou 3ª pálpebra, é uma membrana ocular localizada no canto interno do olho, entre a pálpebra inferior e a córnea) pode tornar-se visível e mais pronunciada à medida que a dor se intensifica. Como diretriz, qualquer fechamento ocular que reduza o tamanho da abertura em mais da metade deve ser classificado como “2”.

* Ratos dormindo apresentam olhos fechados, mas de maneira relaxada, enquanto ratos com dor exibem olhos fechados com músculos orbitais tensos.

Ausente (0)

Moderadamente visível (1)

Evidente (2)

2. Achatamento do focinho e das bochechas

Ratos com dor deixam de apresentar a protuberância na parte superior do nariz. Na condição “sem dor”, a protuberância na parte superior do nariz é evidente. As regiões de origem das vibrissas também são arredondadas e ligeiramente estufadas, havendo uma delimitação clara entre as regiões de origem das vibrissas e as bochechas.
Quando há dor, o nariz se alonga e se achata, fazendo com que as regiões de origem das vibrissas se achatem. O suco entre as regiões de origem das vibrissas e a bochecha não está mais presente. O nariz pode parecer mais estreito e mais longo.

Ausente (0)

Moderadamente visível (1)

Evidente (2)

3. Alterações nas orelhas (posição, direcionamento, formato)

As orelhas de ratos com dor tendem a se tornar curvadas e pontiagudas. Em condições sem dor, as orelhas são predominantemente perpendiculares à cabeça, com abertura para região frontal (área da testa, na cabeça) e ligeiramente inclinadas para trás. As orelhas têm naturalmente um formato arredondado. Na dor, as orelhas tendem a enrolar-se para dentro e inclinar-se para a frente. As orelhas assumem um formato “pontudo”. Em estados de dor pronunciada, as orelhas se angulam para fora da cabeça. Como resultado, o espaço entre as orelhas pode parecer maior em comparação a ratos sem dor.

Ausente (0)

Moderadamente visível (1)

Evidente (2)

4. Alterações em vibrissas (pelos longos abaixo e ao lado das narinas conhecidos como “bigodes”)

Ratos com dor apresentam alterações em posição e orientação das vibrissas. As vibrissas são naturalmente relaxadas e discretamente inclinadas para baixo. Com a progressão da dor, a tensão nas regiões de origem das vibrissas aumenta e estas se direcionam para atrás da cabeça e fora da face e se aproximam causando a aparência de arrepiada. À medida que os folículos ficam mais tensos, as vibrissas ficam mais próximas e menos distintas.

Ausente (0)

Moderadamente visível (1)

Evidente (2)

Após finalizar a avaliação, tire a média dos resultados das 4 unidades de ação facial. A pontuação total varia de 0 (ausência de dor) a 8 (dor máxima). A média varia de 0 (ausência de dor) a 2 (dor máxima). O escore de intervenção analgésica (ponto de corte) é > 0,67 de uma média máxima de 2, porém, independente deste cálculo, cabe ao observador usar ou não analgesia de acordo com a avaliação clínica.

Após ler e treinar os itens anteriores, clique abaixo para avaliar a dor de seu animal.