Animal Pain

O camundongo é o animal mais usado em experimentação científica. Sua dor pode ser avaliada por meio da escala de expressão facial, a Mouse Grimace Scale (MGS).

Escala Facial para avaliar a dor em Camundongos

A Escala Facial para avaliar a dor em camundongos apresenta 5 características:

1) Abertura do olho

2) Protuberância do focinho

3) Protuberância da bochecha

4) Posição das orelhas

5) Alterações nas vibrissas

Pontua-se cada característica entre 0 (estado normal) a 2 (maior escore possível).

ORIENTAÇÕES PARA PONTUAÇÃO DA ESCALA

Previamente às avaliações, o avaliador deve observar e se familiarizar com as fotos dos animais sem dor (escore 0) para identificar as alterações dos camundongos que serão avaliados. Para cada unidade de ação facial, escolha apenas o maior escore representativo da expressão facial.

A. CLASSIFICAÇÕES DE INTENSIDADE DA DOR

Escore

As avaliações de intensidade são codificadas para cada unidade de ação facial:

Ausente

0

Moderadamente visível

1

Evidente

2

A pontuação da MGS para cada fotografia é calculada pela média das pontuações de intensidade para cada unidade de ação facial.

B. UNIDADES DE AÇÃO FACIAL (FAUS)

1. Abertura do Olho*

O camundongo apresenta estreitamento da área orbital (região dos olhos), as pálpebras bem fechadas ou aperto orbital. O aperto orbital é definido pela contração dos músculos orbitais ao redor dos olhos. Rugas podem ser observadas ao redor dos olhos. Como orientação, qualquer fechamento ocular que reduza o tamanho do olho em mais da metade deve ser pontuado como “2”.

* Observe que os camundongos dormindo exibem olhos fechados e isso pode ser confundido com aperto orbital pela dor. Camundongos dormindo não devem ser avaliados.

2. Protuberância do focinho*

O camundongo apresenta uma protuberância no topo do focinho. A pele e os músculos ao redor do focinho se contraem, criando uma saliência arredondada em sua parte superior. Esta unidade de ação facial também deve ser pontuada se rugas verticais na lateral do focinho forem observadas. Quando se observa a cabeça de frente, a protuberância pode ser vista como um alargamento da área do focinho (ou seja, o espaço em formato de letra “V” que conecta o focinho aos olhos parece mais amplo).

* A protuberância de focinho também pode aparecer quando os camundongos estão explorando (ou seja, farejando). Neste caso, idealmente, não se devem avaliar essas imagens.

3. Protuberância da bochecha

A musculatura da bochecha se contrai e estende em relação ao normal; parecerá convexa em relação ao seu formato normal (sem dor). Nota: a bochecha é considerada a área diretamente abaixo dos olhos e se estende até o início das vibrissas (pelos longos abaixo e ao lado das narinas conhecidos como “bigodes”) vocalizar (emitir som) no focinho (em humanos, denominado triângulo infraorbital). A distância entre os olhos e a região da inserção das vibrissas pode parecer menor.

4. Posição das orelhas*

As orelhas podem se direcionar para trás em relação à sua posição normal ou podem se apoiar quase deitadas na cabeça. Em condições normais (sem dor), as orelhas são aproximadamente perpendiculares à cabeça e se direcionam para a frente. Na dor, tendem a girar para fora e/ou para trás, afastando-se do rosto. Como resultado, o espaço entre as orelhas pode parecer maior em relação às condições sem dor.

* Camundongos explorando ou se limpando também podem direcionar as orelhas para trás, mas nestes casos, a distância entre elas tende a diminuir e não aumentar como em condições de dor. Isso pode causar confusão nas avaliações da dor, portanto, é aconselhável que não se avaliem camundongos explorando ou se limpando.

5. Alterações nas vibrissas

As vibrissas (pelos longos abaixo e ao lado das narinas conhecidos como “bigodes”) se movem em relação ao posicionamento normal (sem dor). Elas podem se direcionar para trás, ficando “deitadas” nas bochechas ou podem se direcionar para frente, como se estivessem arrepiadas. As vibrissas também podem se aglomerar em comparação às situações normais. Sem dor as vibrissas tendem a ser bem espaçadas.

Após finalizar a avaliação tire a média dos resultados das 5 unidades de ação facial. A pontuação total varia de 0 (ausência de dor) a 10 (dor máxima). A média varia de 0 (ausência de dor) a 2 (dor máxima). Independente deste cálculo, cabe ao observador usar ou não analgesia de acordo com a avaliação clínica.

Após ler e treinar os itens anteriores, clique abaixo para avaliar a dor de seu animal.